Acordo Brasil-Alemanha prevê R$ 21 mi para tecnologias de hidrogênio verde Gestión

14/03/2023

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Empresas
dos dois países serão selecionadas em chamada pública para projetos voltados à
inovação tecnológica

Um acordo
assinado entre Brasil e Alemanha nesta segunda-feira, 13 de março, prevê a
destinação de R$ 21 milhões para o desenvolvimento de tecnologias de produção
de hidrogênio verde por pequenas e médias empresas, startups e organizações de
pesquisa e tecnologia dos dois países. O documento prevê a seleção de até dez
projetos elegíveis para financiamento.

No Brasil,
o processo será executado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial
(Senai), sob a coordenação do Instituto Senai de Inovação em Tecnologia da
Informação e Comunicação de Pernambuco. Do lado da Alemanha, a responsável será
a Federação Alemã de Associações de Pesquisa Industrial (AIF).

A
assinatura do acordo é um desdobramento das discussões bilaterais
Brasil-Alemanha sobre transição energética e produção de hidrogênio. Desde o
último domingo, 12, autoridades e representantes da indústria dos dois países
participam de evento em Belo Horizonte (MG) para tratar de cooperação econômica
em temas como energia, clima e digitalização.

Pelos
termos do acordo formalizado hoje, em abril será realizada a primeira fase da
chamada bilateral para a escolha de empresas brasileiras e da rede de
Institutos Senai de Inovação. A segunda fase será iniciada em julho e
finalizada em setembro de 2023. Os projetos escolhidos terão duração de 12 a 36
meses e deverão começar já no início de 2024.

As
propostas serão executadas nos dois países, sendo que, no Brasil, as aplicações
estarão concentradas em polos como o Tech Hub do Porto de Suape (Pernambuco), o
Parque Senai Cimatec (Bahia) e o Centro Verde de Hidrogênio em Balbina
(Amazonas).

De acordo
com a Confederação Nacional da Indústria, a ideia da missão industrial é
aproximar centros de pesquisa e inovação dos dois países em torno do desafio da
transição energética, a partir de projetos que estejam mais alinhados às
características e necessidades brasileiras.

O diretor
de Inovação e Tecnologia do Senai, Jefferson Gomes, destaca a grande
oportunidade que essa integração representa para o Brasil, lembrando que o país
tem a matriz energética mais limpa do mundo e capacidade de produção de hidrogênio
verde para consumo próprio e exportação.

Dados da
balança comercial mostram que a Alemanha é o quarto principal parceiro do
Brasil. Em 2022, o comércio bilateral de bens entre os países chegou a US$ 19,1
bilhões, o maior valor desde 2014. (CanalEnergia – Brasil)