Após rompimento de barragem, ONS segue com monitoramento excepcional do RS Sistemas y estadísticas

03/05/2024

Brasil

Sistemas y estadísticas

Operador acompanha bacias dos Rios das Antas e Jacuí e intervenções programadas
foram canceladas. RGE Sul e CEEE Equatorial ainda tem mais de 300 mil clientes
sem energia

O Operador
Nacional do Sistema Elétrico acompanha de perto os desdobramentos das fortes
chuvas no Rio Grande do Sul e os efeitos na operação do Sistema Interligado
Nacional. Após o rompimento de parte da barragem da UHE 14 de julho, o ONS
acompanha a situação junto com a Ceran, responsável pela usina.

O
monitoramento excepcional seguirá em regime especial até a normalização da
situação no estado. Suas atividades incluem o acompanhamento dos reservatórios,
em especial aquelas da bacia do Rio das Antas e do Rio Jacuí, para determinar
ajustes de defluência, e de instalações como subestações e linhas de
transmissão.

O nível
reservatório da UHE Dona Francisca chegou próximo ao limite de segurança de
100,5m, exigindo que o operador autorizasse a elevação na geração da UHE para
50 MW, mitigando o avanço do reservatório. O ONS também acompanha a situação da
UHE Passo Real, cujo nível do reservatório está com uma elevação significativa,
reforçando a necessidade de aumento da defluência.

Com relação
à infraestrutura do SIN, foi necessário o desligamento, em 1° de maio, da SE
Nova Santa Rita 525/230 kV, por questões de segurança dos profissionais e
equipamentos, em função do alagamento de seu pátio. Por conta do cenário atual
da região, foram canceladas todas as intervenções programadas para iniciar hoje
que impactam o Rio Grande do Sul. Além disso, foi determinado o retorno de
todos os equipamentos sob intervenção no estado. As decisões visam manter a
segurança em regime normal de operação do SIN no estado e minimizar os riscos
de corte de carga em situações de contingências.

Na rede de
distribuição da RGE Sul, são 272 mil clientes sem energia na área. A maioria
está em áreas alagadas ou em locais com impedimento de acesso das equipes. As
regiões mais afetadas são Vale do Taquari (113,8 mil), Vale do Sinos (45 mil),
Vale Rio Pardo (33,3 mil) e Serra (27,9 mil). A distribuidora relata estar com
as equipes mobilizadas para retomar o fornecimento. mas  cita bloqueios de estradas e alagamentos que
não permitem acesso às redes para atender às ocorrências.

Na outra
distribuidora do estado, a CEEE Equatorial, o 
último boletim, divulgado às 15h, informou que 55 mil clientes estão sem
energia. As regiões mais atingidas são Sul, Litoral Norte e Metropolitana. Os
municípios, São Lourenço do Sul, Rio Grande, Balneário Pinhal, Alvorada, Porto
Alegre e Guaíba. Do total de clientes sem energia, aproximadamente 7 mil estão
desligados por segurança, atendendo as solicitações da Defesa Civil e do Corpo
de Bombeiros. Os desligamentos preventivos ocorrem em algumas áreas nos
municípios de Porto Alegre, incluindo as Ilhas do Guaíba; Amaral Ferrador,
Arroio dos Ratos, Bagé, Butiá, Camaquã, Canguçu, Caraá, Cerro Grande do Sul,
Charqueadas, Cristal, Dom Feliciano, Dom Pedrito, Eldorado do Sul, Encruzilhada
do Sul, Guaíba, Herval, Hulha Negra, Imbé, Itati, Jaguarão, Lavras do Sul,
Mampituba, Maquiné, Mariana Pimentel, Pantano Grande, Pinheiro Machado,
Piratini, Rio Grande, Santo Antônio da Patrulha, São Jerônimo, São Lourenço do
Sul, Santa Vitória do Palmar, Terra de Areia, Três Forquilhas e Viamão.

Segundo a
distribuidora, em eventos extremos como esse, o acesso a determinados locais
fica prejudicado, dificultando o trabalho das equipes. De acordo com o governo
estadual, as chuvas afetaram 147 cidades e mais de 9 mil pessoas estão
desalojadas. Até o momento, são 21 pessoas desaparecidas e 24 mortes
confirmadas. (CanalEnergia – Brasil)