Para janeiro de 2023, previsão é que variação chegue a 14,5%
A carga no
Sistema Interligado Nacional em dezembro deve registrar um aumento de 9,9%, de
acordo com dados apresentados nesta quinta-feira, 23 de novembro, durante a
reunião mensal do Programa Mensal da operação do Operador Nacional do Sistema
Elétrico. A previsão anterior era de 7%. Para janeiro do ano que vem, a
expectativa é de um aumento de 14,5%. A estimativa é que esse ano a carga no
SIN cresça 5%, mais que os 3,5% anteriormente projetados. De acordo com o ONS,
a manutenção das cargas elevadas trazem a expectativa de despacho térmico ou da
atuação do mecanismo de resposta da demanda para atender a ponta.
No
Subsistema Sudeste/ Centro-Oeste, a variação de carga em dezembro deve ficar em
10,4%, acima das previsões anteriores de 7,2%. Em janeiro do ano que vem, a
sinalização é de uma alta de 11,1%, também superior ao que era esperado antes,
de 8,2%. Para 2023, a variação deve ficar em 4,1%, mais do que os 2,4%
previstos anteriormente. De acordo com o ONS, o crescimento é puxado pelo
aumento da temperatura, mas também pelo aspecto econômico. As temperaturas,
embora elevadas, não devem ser como as de novembro.
No
Nordeste, a carga no mês que vem terá elevação de 13,9%, acima dos 8,6%
esperados na última projeção. Ao longo do ano de 2023, há um crescimentos
expressivos na carga em alguns meses e a partir de agosto, ficaram mais
representativos ainda. Para janeiro de 2024, o ONS prevê variação também de
13,9%, acima de 7,3%, que era o valor anterior. Já para 2023, a carga deve
subir 6,6%, percentual superior dos 4,8% previstos na segunda revisão
quadrimestral.
Na região
Sul, a subida de 1,1% na carga está em linha com a estimativa anterior, assim
como os 4,5% de janeiro de 2024. Por lá, a carga tem se comportado de maneira
aderente ao PMO. Em 2023, os 2% esperados foram suplantados por uma leve
alteração na carga, para 2,4%.
A
expectativa de variação da carga no Norte é de um aumento de 17,2%, acima dos
15,3% que eram esperados. A retomada de consumidores livres impactou na
avaliação. Ao longo do ano houve um descolamento na comparação com 2022. Em
janeiro do ano que vem, o valor da carga sobe para 14,5%, mais que os 11% da
estimativa anterior. No ano, a carga deve subir 13,7%, superior aos 11,5% da
previsão da segunda revisão quadrimestral.
Durante a
reunião, foi revelado que foi oferecida uma proposta para redução de demanda de
305 MW para o dia 25 de novembro. Não houve ofertas anteriores no mês para
redução de demanda.
Foi
salientada ainda a situação desfavorável das bacias da região amazônica. Em
novembro, é esperada a terceira pior Energia Natural Afluente da série
histórica, de 56% da média de longo termo e a segunda pior do rio Xingu, com 9%
da MLT. Segundo o ONS, outubro de 2023 foi a pior ENA da série histórica do rio
Madeira, com 53% da MLT e a sétima pior do rio Araguari, com 52% da MLT.
O El Niño
deve levar a resultados expressivos na ENA da região Sul em novembro, com 530%
da MLT. Em outubro, houve a maior ENA da região, com 341% da MLT.
A política
de operação energética para dezembro no Sudeste/ Centro-Oeste é de geração para
atendimento da carga média e pesada e folga de potência monitorada nas usinas
dos rios Grande, Paranaíba e na UHE Ilha Solteira. No Sul, a geração será
maximizada para controle de nível e atendimento a carga. Na região Norte, será
para alocação disponível e monitoração das afluências. No Nordeste , a geração
será dimensionada considerando a disponibilidade de produção renovável e
atendimento a ponta. (CanalEnergia – Brasil)