Cogeração chega a 20,6 GW e deve crescer mais de 400 MW por ano Generación

11/10/2023

Brasil

Generación


Marca foi atingida em setembro e representa 10,7% da matriz elétrica nacional
segundo dados da Aneel compilados pela Cogen. Segmento de resíduos de madeira
soma mais de 1 GW

A cogeração
em operação comercial no Brasil atingiu 20,6 GW de potência instalada ao final
de setembro. Os números constam de um levantamento da Associação da Indústria
de Cogeração de Energia (Cogen) junto à Aneel. O montante representa 10,7% da
matriz elétrica brasileira, a qual soma 195,8 GW. Entre os destaques, está a
entrada de 26,45 MW de resíduos de madeira da usina FS Primavera localizada em
Primavera do Leste (MT) que fez a capacidade desse segmento ultrapassar a marca
de 1 GW.

Agora são
656 usinas, sendo 388 movidas a bagaço de cana-de-açúcar, somando 12,4 GW ou
60,3% do total. Em segundo lugar está o licor negro, com 21 centrais e
perfazendo capacidade instalada de 3,4 GW ou 16,5%. Já a cogeração a gás
natural é verificado em 93 empreendimentos com 3,2 GW ou 15,5%. A atividade derivada
do cavaco de madeira chegou a 1 GW ou 4,9%, por meio de 74 unidades. O biogás
aparece com 376 MW ou 1,8% partindo de 51 usinas, enquanto outras fontes
totalizam 227 MW ou 1,1% oriundos de 29 ativos.

De acordo
com a Cogen, a expectativa é de que esse potencial possa ser melhor reconhecido
no planejamento energético brasileiro, visto que as biomassas exportaram, em
média mensal, mais de 3,2 GWh para o Sistema Interligado Nacional entre maio e
julho deste ano. Em nota a entidade explica que o potencial de crescimento é
expressivo, sobretudo com as possibilidades de um novo uso da cana-de-açúcar e
seus resíduos como a vinhaça da produção do etanol e da torta de filtro, além
do advento da produção de biometano.

Análise
regional e projeção para 2026

No ranking
por unidades da federação de cogeração por biomassa, São Paulo lidera a lista
com 7,4 GW instalados. Em seguida aparecem Minas Gerais (2,1 GW), Mato Grosso
do Sul (1,9 GW), Goiás (1,5 GW), Rio de Janeiro e Paraná (cada um com 1,3 GW) e
Bahia (1,1 GW instalados).

Entre os
cinco setores industriais que mais utilizam essa forma de produção de energia
estão o sucroenergético (12,4 GW), papel e celulose (3,4 GW), petroquímico (2,3
GW), madeireiro (861 MW) e alimentos e bebidas (648 MW).

A entidade
lembra que o “Acompanhamento da Implantação das Centrais Geradoras de Energia
Elétrica”, elaborado pela Aneel, conta com uma previsão para liberação de
operação comercial, atualizada 16 de setembro, a qual apresenta uma adição na
capacidade instalada de 1,8 GW até 2026, com média anual de 454 MW por ano. Os
acréscimos previstos são de 452 MW (2023), 789 MW (2024), 232 (2025) e 343 MW
(2026), totalizando exatamente 1.816 MW. (CanalEnergia – Brasil)