Consumo de energia cresce 1,5% no Brasil em 2022 Generación, Gestión

31/01/2023

Brasil

Generación

Alta é
impulsionada pelos setores de serviços e comércio, bem como as indústrias
voltadas à exportação

A Câmara
de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) divulgou nesta segunda-feira, 30
de janeiro, que o consumo de energia elétrica no Brasil cresceu 1,5% em 2022 na
comparação com 2021 e alcançou cerca de 67.275 megawatts médios. Esse foi o
segundo ano consecutivo de alta.

De acordo
com os dados, o mercado livre é o setor que tem puxado o resultado para cima. O
ambiente utilizou 7,2% mais energia no ano passado do que em 2021, um total de
24.496 MW médios. O segmento já representa 36,4% de todo o consumo nacional.
Destaque para os setores de Serviços (16,2%), Madeira, Papel e Celulose (12,7%)
e Comércio (10,5%). Segundo o presidente do conselho de administração da CCEE,
Rui Altieri, o ritmo de crescimento ainda é menor do que o considerado a média
histórica do setor. Ele acredita que será necessária uma recuperação mais
rápida da atividade econômica.

Já o
segmento regulado apresentou queda de 1,4%. A carga somou 42.769 MW médios. A
CCEE aponta três fatores para explicar a retração: a migração de consumidores
para o mercado livre, a disseminação dos painéis solares e a influência de
temperaturas mais baixas que as registradas em 2021, o que reduz o uso de
aparelhos de ar-condicionado.

Ainda
segundo o estudo, dos 15 setores que contratam energia no mercado livre
monitorados pela CCEE, 13 registraram aumento no consumo no comparativo anual.
Serviços e Comércio mostram recuperação expressiva após o fim das restrições
para o enfrentamento da pandemia. O ramo de Madeira, Papel e Celulose ampliou
sua produção para suprir a demanda global por matéria-prima brasileira, que
aumentou após o início do conflito entre Rússia e Ucrânia. Já a indústria
têxtil foi afetada negativamente por fatores conjunturais, como juros altos e
inflação acumulada, além de escassez de matéria-prima.

Por fim,
entre as regiões, Maranhão teve a maior alta, com variação de 13,5%, seguido
por Rondônia (10,4%) e Mato Grosso (6,4%). De acordo com a CCEE, além da
influência do mercado livre, o fator climático, com temperaturas acima das
registradas em 2021, impulsionou o consumo no ambiente regulado, com maior uso
dos equipamentos de refrigeração. O cenário inverso, com mais chuva e
temperaturas mínimas abaixo da média, especialmente no segundo semestre, levou
a retração em boa parte do Nordeste, com destaque para Paraíba (-2,2%), Piauí
(-4,2%) e Rio Grande do Norte (-4,7%). (CanalEnergia – Brasil)