Ministro Alexandre Silveira Destaca Medidas de Planejamento para
Mitigar Impactos da Seca e Garantir Estabilidade no Setor Energético
Nesta
terça-feira, 3 de setembro de 2024, o ministro de Minas e Energia, Alexandre
Silveira, garantiu que o Brasil está adotando medidas decisivas para evitar uma
crise energética semelhante à que afetou o país em 2021. Em meio a uma seca
histórica que ameaça o nível dos reservatórios das usinas hidrelétricas, o
governo federal está se preparando para enfrentar os desafios sem repetir os
problemas do passado.
Medidas
Proativas para Evitar Repetição da Crise de 2021
Silveira,
em uma declaração ao G1, destacou a importância do planejamento estratégico
para a segurança energética do país. Ele afirmou que o governo está
implementando medidas que visam prevenir uma crise energética no próximo ano.
“As medidas de planejamento são fundamentais. Por isso, estamos tendo esse
cuidado de nos adiantar aos problemas, e com isso eu tenho a absoluta convicção
de que nós não atravessaremos em 2025 o que aconteceu em 2021, que, por falta
de planejamento, estivemos à beira de um colapso energético no Brasil”, disse o
ministro.
A afirmação
de Silveira surge em um contexto de preocupação com a escassez de água nos
reservatórios das hidrelétricas, causada pela estiagem prolongada deste ano. De
acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a bandeira tarifária
para setembro foi definida como vermelha patamar 2, o que significa uma tarifa
adicional de R$7,88 a cada 100 quilowatts consumidos.
Impactos da
Seca e Medidas de Mitigação
O Centro
Nacional de Monitoramento de Desastres Naturais (Cemaden) revelou que a atual
estiagem é a mais severa e prolongada já registrada no Brasil, superando a de
2015. Esse cenário crítico resultou em uma expectativa de armazenamento de água
nos reservatórios das usinas hidrelétricas que está 50% abaixo da média
histórica, conforme informou a Aneel.
Este
panorama de escassez de chuvas, aliado a temperaturas superiores à média
histórica, tem forçado a operação das usinas termelétricas, que produzem
energia a um custo mais elevado em comparação com as hidrelétricas. Um
comunicado da Aneel destacou que “esse cenário de escassez de chuvas, somado ao
mês com temperaturas superiores à média histórica em todo o país, faz com que
as termelétricas, com energia mais cara que hidrelétricas, passem a operar
mais”.
Medidas de
Gestão e Garantia de Tarifas Moderadas
Silveira
também abordou a possibilidade de um “despacho fora da ordem de mérito”, uma
medida que envolve o uso de usinas termelétricas ainda mais caras e o repasse
desses custos adicionais ao consumidor. No entanto, o ministro descartou a
necessidade imediata dessa medida, afirmando que o governo está trabalhando
para manter a modicidade tarifária. “Nenhum indicativo de que nós, a curto
prazo, precisemos fazer. Em um primeiro momento, para manter um máximo de
modicidade tarifária. Nós estamos com bandeira vermelha 2, mas à medida que
você faz um despacho fora da ordem de mérito você gasta recursos, exatamente
recursos esses que estão sendo contraídos para poder manter o equilíbrio da
tarifa”, explicou Silveira. (Cenário
Energia – Brasil)