Ainda há
bacias com vazões acumuladas mais de 10% abaixo do histórico no período de
outubro de 2021 a até janeiro de 2023, apontou ONS em primeiro dia de reunião
do PMO de fevereiro
A
reviravolta que as afluências apresentaram no período úmido de 2021/2022 e
agora na temporada em curso indicam que a maior parte das bacias de interesse
para o SIN já se recuperaram da maior crise hídrica da história do país. Dados
do Operador Nacional do Sistema Elétrico entre o período de outubro de 2021 a
janeiro de 2023 apontam que ainda há déficit quando comparado à média
histórica, porém, em volume de no máximo 12%.
Na bacia
do Tocantins, apontou o ONS no primeiro dia da reunião do PMO de fevereiro,
ainda há um déficit de 11% ante a normalidade de afluências para o período em
análise, que começa justamente no pior momento da crise hídrica de 2021. Já nas
bacias do Paranaíba e do Uruguai essa diferença é um pouco pior, está a 12% de
alcançar a média histórica.
No sentido
contrário está a bacia do São Francisco, no submercado Nordeste, que apresentou
volume 15% acima da quantidade de energia natural afluente normal para o
período apontado pelo operador.
Por sua
vez, na bacia do Grande que apresenta situação de cheia e conta com usinas com
vertedouros abertos atualmente, o volume está 1% abaixo da média. Já no sul, a
bacia do Iguaçu apresenta volume registrado de 4% acima da média.
De acordo
com os dados detalhados por usinas, no rio Grande, a UHE Furnas conta com 91%
do uso de seu reservatório e Marimbondo com 80%. Ambas contam com água sendo
vertida. Já na bacia do Paranaíba, as usinas de São Simão e Itumbiara, que
estão em volumes ainda na casa de 60% os vertedouros estão fechados e as usinas
em processo de recuperação para que possam se equivaler a outras centrais de
geração.
No
Tocantins, Serra da Mesa com quase 70% e Tucuruí com 80% estão também em
situação considerada como confortável para o mês. Esta última também está com o
vertedouro aberto para o controle dos níveis que aumentaram rapidamente.
Já Itaipu,
que está com vertimento equivalente a 3 Cataratas do Iguaçu está com o
reservatório na cota de 220 metros, quase seu limite operacional.
Segundo os
registros do ONS, a perspectiva é de que os volumes de afluências do SIN fiquem
em 121% da MLT, o 18º melhor mês do histórico de mais de 90 anos. Essa
projeção, apontou o ONS, é resultado de afluências de janeiro previstos em 120%
da MLT no SE/CO, previstos semana passada, o 21º melhor do histórico. No NE, os
106% indicam o 42º melhor volume. No Norte os 152% colocam o mês como o 9º
melhor e no Sul 93%, se confirmado colocam este como o 41º melhor desde quando
as medições começaram, a quase um século. (CanalEnergia – Brasil)